domingo, 6 de abril de 2014

A PRIMEIRA ETAPA DA TRANSIÇÃO SEXUAL

Para começar a mudar de sexo, de homenzinho para mulherzinha, devemos procurar uma pessoa (ou mais) para contar sobre o que pretendemos fazer com o nosso corpo.
Isso é super importante para que esta viagem se torne real e segura, pois a vida muda muito depois dessa tomada de decisão.
Se não houver uma orientação médica, então, mais importante ainda se torna essa pessoa, porque será para ela que vamos contar as nossas primeiras histórias na nova condição de afeminada.
Afeminada, mulherzinha, "gay", viadinho ou qualquer outro termo parecido é o que somos; não há como não se chocar com esses nomes.
Precisamos assumir essa nossa condição para podermos seguir nesse caminho, senão existirá insegurança e medo da nossa parte em nos apresentarmos como tal.
E é vital para nós que nos apresentemos com essas características, que as pessoas nos vejam e digam: é travesti.
Se conseguirmos passar essa leitura para os outros, que maravilha!
Consegui!
Sou travesti, traveco, bichinha... o que eles quiserem, mas sou assim e pronto.
Ai, não vai mais ser preciso encontrar aquela primeira pessoa, nossa confidente, para podermos contar sobre a nossa história, porque todo mundo já vai ficar sabendo.
Depois disso, vai ficar até difícil esconder de quem quer que seja a nossa real intenção na vida, que é ser mulher ou passar a viver como uma delas.
Se a família ainda não souber, desse instante em diante não haverá mais como disfarçar.
Sou, sim!
Gosta de ser assim.
Gosto de ser sensual, feminina... de usar "lingerie", de cuidar dos cabelos... e de ser beijada por um homem, acariciada por eles... etc.
Então, num primeiro momento, devemos nos livrar das características sexuais masculinas indesejáveis, como barba, pelos corporais, excesso de músculos no corpo e a insuportável voz grave.
Mas como fazer isso?
De várias maneiras, mas a mais importante já está feita: assumir perante o mundo, a sociedade, quem somos de fato.
E se isso foi alcançado sem muito sacrifício, tanto melhor e mais livre terá sido a nossa decisão.
Quanto menos culpa e mais certeza, melhor para nós e para todos.
E se isso foi alcançado também sem muito artifício, como não tendo sido necessário muita maquiagem, perucas, enxertos de roupa e etc., tanto melhor e mais fácil será a transformação, porque é sinal de que o desejo interno de ser mulher supera qualquer imperfeição física que possamos ter.
O nome que se dá a essa primeira etapa da transição sexual se chama a autoaceitação.
Ela é o passo mais importante e determinante para nós que somos transexuais ou simplesmente transex.

Letícia Close -











Mickelly Miranda Pasqualotto -









Jesse Ts -






 

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