domingo, 30 de dezembro de 2012

Ana Carolina Marra

Chegou a vez da mineira Carol Marra, 24 anos, jornalista e modelo, roubar a cena com a sua androginia.  Ela, que nasceu Cláudio, deu um verdadeiro “show” na edição de inverno do Minas Trend Preview 2012, desfilando por boa parte das marcas.  O sucesso foi tanto que até a sua intimidade foi alvo de assunto.
A partir do momento em que os homens sabem que sou transex, tudo muda.  Mesmo que seja só ali, entre eu e eles, já me tratam como um pedaço de carne, querem ir escondidos pro motel... e isso eu não aceito.  Não sou marginal ou um ET.  Se não for assim, não saio, prefiro ficar sozinha.  Ninguém precisa gostar de mim, mas respeito é fundamental.  Sou um ser humano como outro qualquer.  Eu não escolhi ser transexual, nasci assim.  Posso fazer um homem realizado não somente na cama, mas principalmente fora dela.”
A modelo posou, também, para a primeira edição da revista ‘G Size’, uma publicação voltada para o universo homossexual.  Naquela oportunidade, ela deixou bem clara qual era a sua praia.
“Os meus namorados costumam ser heterossexuais.  Não procuro rotular, mas eu gosto... e quem gosta de mim são, obviamente, os homens héteros.  ‘Gays’ querem outro ‘gay’ com uma imagem masculina, o que não é e nunca foi o meu caso.  Não considero um homem que fica com uma transexual como ‘gay’.  Afinal, ele está no papel dele de homem, e eu no meu de mulher.  Ele me enxerga e me deseja como uma mulher.  As pessoas não compreendem, mas os próprios ‘gays’ são preconceituosos entre eles mesmos.  Canso de ouvir um chamar o outro de passiva, de uma forma ofensiva, como se ser passiva fosse um demérito.  Acho esse tipo de brincadeira desnecessária e agressiva.  Numa relação, precisa haver um passivo e um ativo e nenhuma das posições diminui a pessoa.”
Em setembro passado, outra revista publicou mais um ensaio fotográfico com a Carol Marra, a ‘Trip’.  Fotografada por Márcio Simnch, ela estava tão à vontade que o resultado não poderia ser outro.  Foi a primeira vez, no Brasil, que uma modelo transexual estampou, completamente nua, a capa de uma revista dirigida para o público masculino.  Hoje ela ostenta o título de 1ª Trip Girl Transex da história e diz que não escolheu sua condição sexual.
“Minha família sempre soube que eu era diferente desde criança.  Na rua, me perguntavam se eu era menino ou menina.  Eu ficava de castigo e nem sabia o porquê.  Não tinha amigos.  Tive uma infância e adolescência solitárias.  Meus pais imaginavam que eu fosse ‘gay’, mas não esperavam que eu fosse transexual.  E há uma grande diferença.  A travesti aceita e usa o seu órgão sexual.  Já a transexual não se conforma com a sua genitália, daí a necessidade da cirurgia.  É bem diferente.”
Ana Carolina Marra há muito já tinha se decidido pela cirurgia de redesignação sexual.  Era só uma questão de tempo para que pudesse ter uma vida independente e condições financeiras, mas não esperava tanta demora.
“A cada dia surgem novas barreiras.  A última, foi a exigência de um laudo de uma assistente social.  Antes, seria apenas o de um psicólogo e o de um endocrinologista.  Isso, em cima da hora, foi impossível de conseguir, ainda mais nessa época do ano.  A profissional será incumbida de conversar, não somente comigo, mas também com pessoas do meu convívio, amigos, parentes, etc.  No Brasil, ainda enfrentamos muita dificuldade para fazer a redesignação sexual, fora o preço da cirurgia, que é alto e absurdo.  Descobri que meu corpo pertence ao Estado, preciso de uma autorização legal para me readequar.  Ou seja, alguém que não me conhece, que não sabe as minhas dores, as minhas angústias... alguém que não sabe nada da minha vida é quem vai decidir por mim.  Mas não gostaria de tornar a cirurgia, que é um momento pessoal e muito especial da minha vida, em um circo.  Sei que as pessoas têm curiosidade em torno disso, mas tenho receio dessa exposição, que julgo negativa.  As pessoas podem interpretar que quero aparecer e isso não é verdade.  A cirurgia é o grande sonho da minha vida, é a maneira de eu me reconhecer no meu próprio corpo, ser eu.”
Nesta recente entrevista ao jornal ‘Extra’, Carol contou que escolheu o Brasil para realizar a operação para poder ficar mais perto dos familiares num momento especial da sua vida.  Além disso, ela também explicou que o médico que será responsável pela operação é do Rio.
“Este médico brasileiro é especialista nessas operações e tem um centro multidisciplinar que dá suporte psicológico e endocrinológico a quem vai se submeter à troca de sexo.  Estou realizando um sonho.  É muito triste estar num corpo que não é seu.”
A modelo internacional irá se submeter à cirurgia no Rio de Janeiro com o médico Márcio Littleton, especialista na técnica de mudança de sexo.
“Tenho consciência que serei sempre uma mulher transexual.  A cirurgia não vai me tornar uma mulher genuína.  Mulher eu já me sinto.  Infelizmente vou carregar comigo o peso disso.  A sociedade infelizmente não compreende.  A palavra transexual em si é pesada.  Sinto, ao ser taxada dessa forma, como se tivesse cometido um crime, como se ser transexual fosse quase como cumprir uma pena.  Não é minha escolha, essa é minha condição!  E mesmo com a cirurgia, não creio que isso vá mudar.  Mas é um sonho que realizarei.  Sairei de uma prisão, que é um corpo que não me pertence.”
A operação, que seria realizada em dezembro, demora duas horas e meia.  No entanto, o que a amedronta não é o procedimento cirúrgico e, sim, o pós-operatório.
Conheço uma transexual operada que levou 10 anos pra ter seu nome social registrado oficialmente na nova documentação.  É muito constrangedor você se apresentar com documentos com seu nome de batismo.  Eu já cansei de passar por situações constrangedoras em virtude disso.”
Enquanto isso, Carol Marra segue esperançosa.  Em novembro passado, posou para uma grife de moda praia.  As fotos tiveram como cenário uma paisagem à beira-mar no litoral norte de São Paulo.  E em janeiro próximo, estará numa cobertura na praia de Copacabana, acompanhada do novo namorado, para o ‘réveillon’.
"Espero que 2013 seja um ano de fato novo.  O que passou foi repleto de conquistas, batalhas...  Que venha um ano ainda melhor para todos nós.  Não realizei meu sonho em 2012, mas em contrapartida terminei conhecendo alguém muito especial que me apoia, respeita e compreende."
Feliz Ano Novo!!!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Miss Universo 2012 - Final

Chegou a hora.  A hora da lista completa das candidatas.  Que venha a Nova Miss!

África do Sul - Melinda Bam

Cingapura - Lynn Tan

Eslováquia - Lubica Stepanova

Espanha - Andrea Huisgen

Estados Unidos - Olivia Culpo

Santa Lúcia - Tara Edward

Sérvia - Branislava Mandić

Sri Lanka - Sabrina Herft

Suécia - Hanni Beronius

Suíça - Alina Buchschacher

Tailândia - Nutpimon Farida Waller

Tanzânia - Winfrida Dominic

Trinidad e Tobago - Avionne Mark

Turquia - Cagil Ozge Özkul

Ucrânia - Anastasia Chernova

Uruguai - Camila Vezzoso

Venezuela - Irene Sofiá Esser Quintero

Vietnam - Diem Huong Luu

Miss 2012 Universo

Hoje é o dia da final.  Agora, mais um grupo de candidatas.  É só torcer!

Coreia do Sul - Sung-hye Lee

Filipinas - Janine Tugonon

Holanda - Nathalie den Dekker

Jamaica - Chantal Zaky

Japão - Ayako Hara

Kosovo - Diana Avdiu

Líbano - Rina Chibany

Lituânia - Greta Mikalauskyte

Malásia - Kimberley Leggett

Maurício - Ameeksha Devi Dilchand

México - Karina Gonzalez

Montenegro - Andrea Radonjic

Namíbia - Tsakana Nkandih

Nicarágua - Farah Eslaquit Cano

Nigéria - Isabella Agbor Ojong Ayuk

Noruega - Sara Nicole Andersen

Nova Zelândia - Talia Bennett

Panamá - Stephanie Vander Werf

Paraguai - Egni Eckert

Peru - Nicole Faveron

Polônia - Marcelina Zawadzka

Porto Rico - Bodine Koehler

República Dominicana - Dulcita Lynn Lieggi

República Tcheca - Tereza Chlebovská


Romênia - Delia Monica Duca


Rússia - Elizabeth Golovanova