Quando chegam os hormônios ao nosso corpo, tudo fica meio confuso.
Aqui falo dos hormônios naturais que o corpo da gente produz, falo da puberdade, quando temos entre 12 e 15 anos de idade.
A gente começa, então, a dar uma importância grande ao sexo.
Ficamos sem saber o que fazer direito com tudo aquilo.
Há a masturbação, mas o alívio dura pouco e a identificação com as meninas nos confunde muito.
Nas ruas, olhamos para as mulheres com um fascínio muito estranho: adoramos elas, mas não queremos contrariá-las de maneira nenhuma.
Escondidos, começamos a nos vestir com roupas femininas.
Passamos batom e imitamos os modos femininos que conhecemos.
A excitação crescente deságua literalmente na masturbação e tudo se acalma depois.
Mas acontece que essa espiral não acaba nunca.
E logo vai nos levar para a primeira relação sexual.
Comigo foi com um garoto, depois outro e mais outro.
Sem saber direito por que eu só transava com homens, comecei a me questionar.
Não houve resposta.
Muito mais tarde, entendi o motivo.
Meu comportamento atraía os homens e, consequentemente, afastava as mulheres, quando o assunto era fazer sexo.
Na verdade, eu era uma mulherzinha, mesmo com roupas masculinas e sem batom ou cabelo comprido.
No meio do caminho, tive até uma ou outra transa com mulher, mas não me dizia nada aquela situação.
Aliás, dizia sim: eu gozava logo para me ver livre da obrigação.
Estava tentando ser outra pessoa, um homem como outro qualquer, apesar daquilo me incomodar.
Nessas poucas vezes, o que eu estava procurando era me afastar dos meus desejos, porque eu sabia que gostava diferente.
No fundo, eu sabia disso.
Eu queria ser ela.
Minha vontade era ser agarrada por eles.
Queria me aninhar num colo masculino e sentir o cheiro do seu corpo.
Acariciar.
O resto ficava por conta dele.
Quer dizer: o resto ficava por conta do meu jeito de ser, sempre escondendo o sexo, que era completamente inativo nessas ocasiões.
Logo eles percebiam quem eu era e o que eu queria.
E tudo acontecia naturalmente.
Quando eles botavam para fora o membro, nem precisavam dizer mais nada.
Uma vez falei que era como um pirulito, só que mais gostoso.
Costumava engolir tudinho, sem deixar cair sequer uma gota.
Quando era no bumbum... me sentia tão realizada, que eu tinha certeza que era uma mulher.
Hoje, mais do que nunca, amo ser fêmea.
Perto ou longe dos homens, com ou sem roupas femininas, sou tão mulher quanto qualquer outra.
Mas por que só agora essa certeza?
Quanto tempo perdido?
Meninas, a vida é um risco.
Quando somos jovens, podemos nos dar ao luxo de adiar qualquer iniciativa, não é verdade?
Mas os acontecimentos ao nosso redor não param um só instante e eles dão origem a outros em cadeia.
Isso quer dizer que nós devemos caminhar na direção de nossos desejos invariavelmente.
Se ainda não soubermos exatamente qual seja, devemos seguir o que diz o nosso coração, porque a nossa razão está em dúvida e ficar parada, sem iniciativa, pode até parecer que não, mas é o mesmo que dar um passo para onde não se quer ir.
Se você fica mais à vontade entre as mulheres, se você gosta de ter aparência e maneiras femininas, se os homens se aproximam de você com brincadeiras sexuais... corresponda.
É importante você não se abalar com críticas negativas.
Dessas pessoas negativas, procure ficar longe.
Se forem da família, procure ganhar seu dinheiro honestamente e se mude para a sua própria casa ou para a casa de uma amiga ou, até mesmo, para a casa do seu namorado.
Não precisa brigar com ninguém, simplesmente tome essa atitude.
Você está crescendo, precisa ter seu espaço e nem precisa revelar o real motivo.
Só se abra com quem respeita você.
Esse é o segredo.
Não dê ouvidos para aqueles que querem que você desista da sua felicidade.
E procure não responder às agressões, porque elas só aumentam e passam a vir de outras formas, mais difíceis de enfrentar.
Por isso é tão importante ser independente financeiramente e ir morar longe dos problemas.
Assim, logo você terá a certeza sobre quem realmente é, do que gosta mais, o que prefere e o que quer para a sua vida.
A seguir, Ana Mancini, uma transex de sucesso!
Aqui falo dos hormônios naturais que o corpo da gente produz, falo da puberdade, quando temos entre 12 e 15 anos de idade.
A gente começa, então, a dar uma importância grande ao sexo.
Ficamos sem saber o que fazer direito com tudo aquilo.
Há a masturbação, mas o alívio dura pouco e a identificação com as meninas nos confunde muito.
Nas ruas, olhamos para as mulheres com um fascínio muito estranho: adoramos elas, mas não queremos contrariá-las de maneira nenhuma.
Escondidos, começamos a nos vestir com roupas femininas.
Passamos batom e imitamos os modos femininos que conhecemos.
A excitação crescente deságua literalmente na masturbação e tudo se acalma depois.
Mas acontece que essa espiral não acaba nunca.
E logo vai nos levar para a primeira relação sexual.
Comigo foi com um garoto, depois outro e mais outro.
Sem saber direito por que eu só transava com homens, comecei a me questionar.
Não houve resposta.
Muito mais tarde, entendi o motivo.
Meu comportamento atraía os homens e, consequentemente, afastava as mulheres, quando o assunto era fazer sexo.
Na verdade, eu era uma mulherzinha, mesmo com roupas masculinas e sem batom ou cabelo comprido.
No meio do caminho, tive até uma ou outra transa com mulher, mas não me dizia nada aquela situação.
Aliás, dizia sim: eu gozava logo para me ver livre da obrigação.
Estava tentando ser outra pessoa, um homem como outro qualquer, apesar daquilo me incomodar.
Nessas poucas vezes, o que eu estava procurando era me afastar dos meus desejos, porque eu sabia que gostava diferente.
No fundo, eu sabia disso.
Eu queria ser ela.
Minha vontade era ser agarrada por eles.
Queria me aninhar num colo masculino e sentir o cheiro do seu corpo.
Acariciar.
O resto ficava por conta dele.
Quer dizer: o resto ficava por conta do meu jeito de ser, sempre escondendo o sexo, que era completamente inativo nessas ocasiões.
Logo eles percebiam quem eu era e o que eu queria.
E tudo acontecia naturalmente.
Quando eles botavam para fora o membro, nem precisavam dizer mais nada.
Uma vez falei que era como um pirulito, só que mais gostoso.
Costumava engolir tudinho, sem deixar cair sequer uma gota.
Quando era no bumbum... me sentia tão realizada, que eu tinha certeza que era uma mulher.
Hoje, mais do que nunca, amo ser fêmea.
Perto ou longe dos homens, com ou sem roupas femininas, sou tão mulher quanto qualquer outra.
Mas por que só agora essa certeza?
Quanto tempo perdido?
Meninas, a vida é um risco.
Quando somos jovens, podemos nos dar ao luxo de adiar qualquer iniciativa, não é verdade?
Mas os acontecimentos ao nosso redor não param um só instante e eles dão origem a outros em cadeia.
Isso quer dizer que nós devemos caminhar na direção de nossos desejos invariavelmente.
Se ainda não soubermos exatamente qual seja, devemos seguir o que diz o nosso coração, porque a nossa razão está em dúvida e ficar parada, sem iniciativa, pode até parecer que não, mas é o mesmo que dar um passo para onde não se quer ir.
Se você fica mais à vontade entre as mulheres, se você gosta de ter aparência e maneiras femininas, se os homens se aproximam de você com brincadeiras sexuais... corresponda.
É importante você não se abalar com críticas negativas.
Dessas pessoas negativas, procure ficar longe.
Se forem da família, procure ganhar seu dinheiro honestamente e se mude para a sua própria casa ou para a casa de uma amiga ou, até mesmo, para a casa do seu namorado.
Não precisa brigar com ninguém, simplesmente tome essa atitude.
Você está crescendo, precisa ter seu espaço e nem precisa revelar o real motivo.
Só se abra com quem respeita você.
Esse é o segredo.
Não dê ouvidos para aqueles que querem que você desista da sua felicidade.
E procure não responder às agressões, porque elas só aumentam e passam a vir de outras formas, mais difíceis de enfrentar.
Por isso é tão importante ser independente financeiramente e ir morar longe dos problemas.
Assim, logo você terá a certeza sobre quem realmente é, do que gosta mais, o que prefere e o que quer para a sua vida.
A seguir, Ana Mancini, uma transex de sucesso!